Nelson de Oliveira flerta com o perigo ao escrever sobre dez novos poetas portugueses. Sem o julgamento do tempo, quem saberá qual deles será consagrado ou esquecido? Mas as análises do autor não são um tiro no escuro. Com uma lírica que confronta o sagrado e o profano, autores como Adília Lopes e José Miguel Silva têm sido capazes de despertar o encantamento estético que caracteriza a boa poesia. É assim que eles têm construído, de modo singular, os novos contornos da literatura portuguesa. Sumário Nota Espiralada Introdução Que É Poesia? Definições provisóriasO triunfo do sagradoLírica de Superfície e Lírica Subterrânea Formação da Lírica Portuguesa Contemporânea Lírica e níveis de consciênciaA Geração Coimbrã e a Lírica realistaO visível e o invisívelOs vencidos da vidaA modernidade começa a acenarO decadentismo-simbolismoA ruptura modernista e o triunfo do pensamento irracionalPsicologia e misticismoA denúncia da alienaçãoA indústria culturalA desconstrução da linguagem e do sujeito líricoA alquimia do verboOs desastres da guerraA investigação formalistaA Revolução de 25 de AbrilNa virada do séculoDez Poetas da Virada do Século Adília Lopes: ironia e intertextualidadeGonçalo Tavares e a inquietação filosóficaManuel de Freitas e o tópico da revolta e do sarcasmoDaniel Faria e a liturgia profanaInês Lourenço e a condição alada do profanoJosé Miguel Silva: verve e rancorLuís Quintais e o desencontro dos seresJosé Luís Peixoto e a tautologia dos céus impossíveisValter Hugo mãe e a Perversa relação entre os sexosLuís Serguilha e os limites pictóricos da linguagem verbalO Sagrado e o Profano na Lírica Portuguesa Contemporânea Nova sacralidade: ironia, revolta, melancoliaDez, Hoje Bibliografia