O termo hip hop significa, numa tradução literal, movimentar os quadris e saltar (to hop e to hip, em inglês), e surgiu no final dos anos 60 em Nova York. Com o tempo, o hip hop passou a designar um conjunto de manifestações culturais: um estilo musical, o rap; uma maneira de apresentar essa música em shows e bailes que envolve um DJ (disc-jóquei) e um MC (mestre-de-cerimônias); uma dança, o break; e uma forma de expressão plástica, o grafite. Hoje, no Brasil, o hip hop é uma manifestação cultural das periferias das grandes cidades, que envolve distintas representações artísticas de cunho contestatório, ligadas pela idéia da autovalorização da juventude de ascendência negra, por meio da recusa consciente de certos estigmas (violência, marginalidade) associados à essa juventude, e que pretende agir sobre essa realidade e transformá-la. Em Hip Hop - A periferia grita, as autoras dão voz aos manos e às minas e mostram que, mais que um modismo ou que um estilo de música, o hip hop, com um alcance global e já massivo, é uma nação que busca congregar excluídos do mundo inteiro.