"Geovanni Gomes Cabral nos conta que, para criar seus versos e gravuras, José Costa Leite nascido em 1927 na pequena cidade paraibana de Sapé e residente na igualmente diminuta Condado, em Pernambuco vivia caçando textos, ideias e palavras. Espreitando sons, imagens e gestos em diversos lugares do Nordeste, Costa Leite construiu uma obra viva e pulsante, expressa sobretudo na forma de folhetos, xilogravuras, almanaques e, é claro, performances nas feiras populares. Construiu também a si mesmo, moldou-se em uma autobiografia, deu sentido a sua existência e procurou transmitir lições às novas gerações. Contraditoriamente, teve sua obra consagrada como patrimônio, mas hoje encontra dificuldade para vender livros e gravuras como antes. Geovanni também é um caçador. [...]