Pouco tempo após o fim da I Guerra Mundial, Agnes von Kurowsky, primeira paixão de Ernest Hemingway, recebeu dele uma carta comunicando que estava escrevendo um romance sobre o namoro que tiveram num hospital em Milão. Agnes respondeu que se sentia "honrada" e que esperava "ansiosamente" pelo livro. Adeus às armas foi o grande lançamento de Hemingway como um dos gênios da literatura mundial neste século. Mas deixou Agnes furiosa. Ela aparece no livro com o nome de Catherine Barkley, amante de um certo Frederic Henry, que era o próprio Hemingway. "Nunca fui uma garota desse tipo", disse, aos 84 anos, em entrevista. Em Hemingway no amor e na guerra, Henry S. Villard e James Nagel, tentam comprovar que Hemingway apaixonou-se com a totalidade de sua alma por Agnes que, no entanto, correspondeu sem entusiasmo. Para eles, não houve mais que um flerte. O que não impediu Agnes de escrever-lhe cartas, nas quais o chamava de "meu amado".