Há muitos modos de classificar o imenso leque de métodos literários, mas as imagens frequentes do espelho, da lâmpada e da janela ajudam a definir três principais direções da hermenêutica da antiguidade até os nossos dias. Este livro quer fornecer um mapa de orientação, uma série de palavras-chave ou de metáforas que muitas vezes podem ser encontradas nos manuais de crítica literária ou de interpretação bíblica. Em relação às escolas e aos métodos, de tempos em tempos a ênfase é colocada no mundo em que o autor viveu; na obra considerada um documento, um monumento ou um acontecimento; ou então no papel imprescindível do leitor na elaboração do significado. Entretanto, o que é indispensável é o fato de que a leitura dos textos antigos requer um esforço de tradução não apenas linguístico, pois a distância cultural que nos separa do universo bíblico obriga o leitor moderno a entrar na cultura de um povo de agricultores e pastores, em um mundo de pequenas aldeias em que tanto a (...)