Verdes quase cinzas nos leva a (re)pensar sobre como enxergamos o mundo; não sobre os pontos de vista de cada um, mas sobre como vemos e recebemos as cores de tudo. Se o senso comum nos leva a crer que todos os olhos veem igualmente os objetos as pessoas, o céu e a terra, a leitura desta obra nos provoca a refletir sobre como as realidades concretizadas, física e humanamente, nem sempre condizem com as esperadas por nossas expectativas. Ficamos, quase sempre, nos quases. Mariana, a protagonista da narrativa, é uma mulher cujos desassossegos são seus problemas com a cor azul e seu desejo de experimentar como seria tocar intimamente outro homem. A cada capítulo, por meio da focalização onisciente, o(a) leitor(a) acompanha de forma muito próxima a história da vida de Mariana: o ingresso na Licenciatura em Física, a intensidade de sua vivência como uspiana, a sua compreensão especial sobre a visão humana, a relação de amor com Cassiano, os flertes com amigos e o início da carreira (...)