Por meio de uma narrativa poética, o livro busca apresentar uma visão diferente de mundo, levando o leitor a mergulhar no próprio inconsciente, reencontrando sua criança. À primeira vista, um livro para crianças. Na definição de Antoine Saint-Exupéry, seu autor, "um livro urgentíssimo para adultos", o que talvez explique a extraordinária sobrevivência literária de O Pequeno Príncipe. Publicado pela primeira vez em 1943 na Nova York em que foi escrito e, no ano seguinte, na França, a versão brasileira chegou às livrarias em 1952. Apesar da presença explícita de dois personagens e do registro de um diálogo entre o aviador e uma criança, diversos aspectos autobiográficos estão presentes nesta narrativa. Através de imagens simbólicas, as passagens de ordem temporal, na vida do autor, estão ali presentes: casamento/separação, profissões, sonhos, decepções. Os dois personagens tornam-se representações do próprio Saint-Exupéry, em um monólogo interior entre o "eu" e o "outro". Acompanha uma carta muito especial do sobrinho de Antoine de Saint-Exupéry e a assinatura do autor na capa.