A obra demonstra que certas formas de punição na atualidade aliam o martírio do corpo à devastação da alma. Tais penas são aplicadas, não raramente, mesmo antes da condenação definitiva do acusado e alcançam pessoas inocentes dentro e fora dos presídios e das penitenciárias. Algumas penas são aplicadas cotidianamente por agentes do Estado, revestidos do poder de polícia, de distintivo e de armamentos. Falo da tortura praticada cotidianamente por policiais, não somente contra acusados da prática de crimes, mas contra familiares, vizinhos ou qualquer subcidadão das periferias, que tenha alguma informação útil sobre a possível localização de pessoas, drogas, armas, bens e valores.