Reunião dos principais ensaios do antropólogo Mauro W. B. Almeida, publicados entre 1998 e 2015. O livro pode ser dividido em duas partes: na primeira, o autor alça o campesinato a posição de destaque enquanto objeto de pesquisa antropológica e contesta o apagamento da figura do camponês, associando-a ao forte movimento dos sem-terras no Brasil. Em seguida, a atenção de Almeida se volta à luta dos seringueiros, que ele chama de camponeses da floresta. Para o autor, estes passaram da invisibilidade ao reconhecimento na década de 1980, obtendo a implantação das primeiras reservas extrativas após o assassinato de Chico Mendes. O antropólogo se debruça sobre esse período de transição e as estratégias utilizadas por alguns líderes militantes para que ela fosse possível. Almeida ainda explora o conceito de colocações florestais, bem como o modo de vida desenvolvido nesses locais há uma relação direta com a ideia de reserva extrativista proposta pelo movimento social dos seringueiros [...]