O elevado grau de competitividade em escala planetária ampliou a demanda por conhecimentos e informações, e, em decorrência, a educação foi eleita estratégica. Nessas circunstâncias, uma verdadeira avalanche de resoluções, leis, pareceres e outros documentos nacionais e internacionais vem operando um transformismo na educação contemporânea. Recomendações de agências multilaterais balizam esse processo. O livro destaca como o consenso sobre as reformas tem sido alcançado graças ao sutil exercício linguístico posto em prática nos últimos tempos, isto é, à forja pragmática de um novo vocabulário que ressignifica conceitos, inverte termos e sinais, de modo a torná-los condizentes com os novos paradigmas que referenciam a transformação almejada para a educação no país. Desenhado com o objetivo de instigar a obediência e a resignação pública, tal vocabulário se faz necessário para erradicar o que se considera obsoleto e criar novas formas de controle, regulação e regimes administrativos.