A obra expõe aos olhos atônitos do leitor relatos comovedores, descrições de violências psicológicas e físicas e assassinatos em diversas propriedades rurais que recebiam financiamento público através da Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia. Trata-se de um estudo sobre depoimentos de pessoas fugitivas ou resgatadas de fazendas e, ocasionalmente, de carvoarias, no Pará, colhidos por dedicados defensores de direitos humanos. Os autores ouviram alguns deles e trouxeram para o livro também suas impressões. A maioria dos depoimentos foi transcrita ipsis litteris. Os quarenta anos dos depoimentos refletem as mudanças nas políticas públicas, no tratamento do tema da escravidão pela sociedade civil e pelo Estado e apontam as políticas públicas que foram construídas. Refletem também as mudanças tecnológicas e o aparelho celular como um dos instrumentos de denúncia.