Sobre sóis, axés e cafunés: filosofia africana é base para história infantil que tece um elogio à vida. A luz de Aisha usa ideias da filosofia kindezi, do povo bantu, para construir uma narrativa delicada sobre a responsabilidade de todos em nutrir o brilho pessoal de cada um. Aisha é uma menina muito pequenininha, muito pretinha e muito agitadinha. É, também, dona de um sorriso capaz de iluminar cada canto ao seu redor. Não à toa seu nome, em banto, quer dizer "vida". Ela enche de sol a rotina da família, naquela pequena casa sempre muito iluminada pelo afeto. Quer dizer... Até aquele dia. Quando aconteceu de o sol não aparecer mais. Naquela tarde, Aisha ficou esperando o pai chegar, como sempre. Só que ele não chegou nunca. Justo ele, que nunca se atrasava. A menina, então, foi vendo os membros de sua família irem se apagando e virando sombra, um a um. Só mesmo a sabedoria herdada de seus ancestrais, com o apreço pela luz e pelas palavras, poderia tirar a menina daquela(...)