Um panorama histórico que permite uma visão muito mais profunda da complexidade que marca a gênese da identidade moderna, superando as reduções unilaterais que habitualmente caracterizam as sínteses sobre o tema. Depois de mapear as relações entre identidade (senso do self) e noção de bem (visão moral), o autor aborda a gênese desta identidade focalizando três facetas: a interioridade, como despertar da noção do self; a emergência da vida ordinária; a noção de natureza como fonte moral interior. Do ponto de vista ético, o autor identifica três fontes que emergem da história da identidade moderna: o pano de fundo teísta, a visão naturalista do livre pensamento, que hoje assume as formas do cientismo, e o expressionismo romântico. A visão ética da modernidade, construída sem nenhuma referência à noção de bem, é apresentada como fruto do conflito e dos pontos em comum entre essas visões. [...]