Na 41ª edição da serrote, revista de ensaios do Instituto Moreira Salles, a escritora angolana radicada em Portugal Djaimilia Pereira de Almeida assina o texto O que é ser uma escritora negra hoje, de acordo comigo, que percorre sua própria trajetória para abordar questões do racismo e da existência negra na História e na atualidade. O texto é ilustrado com imagens da série “Fardo” (2017), ensaio visual da artista Carla Santana, fotografado por Thomas Mariano. Expoentes dos estudos sobre cultura africana e afro-americana, os pesquisadores norte-americanos Henry Louis Gates Jr. e Andrew S. Curran retomam um concurso da Academia Real de Ciências de Bordeaux em 1741 para entender como o Iluminismo justificou a escravidão, no ensaio “Inventando a ciência da raça”. Já o professor e sociólogo Michel Gherman investiga os contornos antissemitas e nazistas disseminados pela extrema direita atual e, principalmente, pelo bolsonarismo, no texto “Um crime quase perfeito”.