A sigla Q.I., que significa "quociente intelectual", transformou-se em sinônimo de inteligência, como se esta potencialidade constasse apenas de funções cognitivas, ignorando que ela é muito mais ampla que tudo que o intelecto pode realizar, mesmo quando devidamente estimulado. De "quociente intelectual" passou-se a considerar a sigla Q.I. também como "quociente de inteligência". Na linguagem comum, ouve-se, por exemplo, que uma pessoa tem baixo Q.I. para indicar que ela tem pouca inteligência. A inteligência é uma função global própria dos seres para propiciar-lhes a autopreservação e preservação da espécie. Ela vai depender de três fatores: do ambiente físico, cultural e psicológico em que pessoa veio ao mundo; da educação, isto é, como é tratado o seu potencial e do fator genético. O propósito desse livro é contribuir para mostrar que inteligência, em seu sentido mais amplo e verdadeiro, é muito mais que aquilo que os testes de Q.I. dizem medir, por mais atualizados que sejam, pois se baseiam em uma premissa errada e, consequentemente, chegam a conclusão errada.