Opondo-se francamente às teorias segundo as quais a forma escrita é determinada pelo suporte e pelo instrumento, Ladislas defende que as mutações da escrita correspondem sempre às mutações do espírito, em cada época e em cada lugar. A escrita, além de memória da humanidade, é o seu espelho, é a expressão direta do homem e da sociedade. Mandel colecionou a vida inteira documentos e objetos testemunhais da escrita no decorrer dos milênios e das civilizações, que revelam, a quem souber lê-los, a evolução das diferentes etapas da historia das escritas e da tipografia. [...] Parte dessa coleção "os três mil livros sobre o livro e os trezentos suportes da escrita" ele está deixando como legado à Bibliothéque de l`Arsenal da França, onde irão constituir o núcleo inicial de um futuro museu da escrita.