No final da década de 1950, uma cidadezinha do interior do Brasil é surpreendida por uma série de assassinatos, suicídios e mortes suspeitas. Até então, o sossegado município enfrentara apenas crimes perpetrados por ladrões de galinhas. A solução de casos de mortes tão diversos quanto os artigos vendidos nos dois armazéns de secos e molhados da cidade vai depender das relações pessoais, das fofocas e da curiosidade sobre a vida alheia, que dão sabor e sentido ao dia a dia dos moradores. Reginaldo Prandi evoca toda a ambiência da metade do século XX para, em meio a conflitos familiares, intrigas religiosas e amores juvenis, tratar do avanço da tecnologia, do risco que se corre de perder as raízes e, ao mesmo tempo, da importância de mudar.