No Brasil, empresa familiar pode ser sinônimo de disputas ou tragédias. A maioria dos consultores considera esse modelo de gestão ultrapassado, decadente e um empecilho à “modernização e globalização da economia”. A única saída para o aperfeiçoamento seria a “profissionalização de gestão”, entregando o controle a executivos. Antonio Carlos Vidigal, empresário, vai contra a corrente dos consultores brasileiros e em “Viva a empresa familiar” mostra como este tipo de negócio é perfeitamente viável. Analisando casos de sucesso e de fracasso, defende a idéia de se profissionalizar a família, preparando os herdeiros, com décadas de antecedência, para assumir os principais cargos das organizações. O planejamento antecipado também evita que problemas pessoais da família se transfiram para a empresa e comprometam os resultados futuros. Se problemas como estes forem solucionados, a empresa familiar pode ter um desempenho igual ou superior às “profissionalizadas”. Isto porque os executivos não se preocupam somente em receber um salário maior no final do mês, na medida em que eles são donos do patrimônio. Que motivação maior pode haver para se “suar a camisa” no trabalho?