No século XVIII, com o início da industrial, desencadeou-se um processo de separação do camponês e do artesão de suas atividades. Para eles, trabalhar significava integrar-se naquilo que faziam, de maneira que não se podia distinguir entre o trabalho e o indivíduo nele empenhado. O trabalho era a expressão direta e imediata da inteligência prática do indivíduo, aplicada à realização de um produto de qualidade ou ao cultivo de seu campo. Veio o industrialismo e inventou o 'trabalho', ou seja, um objeto chamado trabalho, executado pelo 'trabalhador', aquele que possui capacidades funcionais necessárias para a realização dessa função. O desafio que o modelo da competência se propõe enfrentar é o da 'volta do trabalho para o trabalhador'. Este reabsorve o trabalho, assume responsabilidades, toma iniciativas, compartilha informações. Mobiliza os recursos da organização, mas também seus próprios recursos de sujeito que age.