Publicado inicialmente em 1625, O direito da guerra e da paz tornou-se um clássico, com quarenta edições em cem anos. Como um tratado sobre a guerra que defende a paz, versa sobre o direito das gentes. Elabora uma teoria da sociedade internacional baseada nos Estados-nação que emergiam. Condena o princípio da guerra e edifica os tratados internacionais. Limita a guerra às partes diretamente envolvidas, desenvolvendo a noção de neutralidade; e busca os meios de restituição da paz. Num momento em que a guerra volta a ser feita sob os pretextos mais escusos, recusados pela própria ONU, o livro de Grotius, ao discutir regras racionais no tempo da formação dos Estados-nação, reencontra a sua atualidade crítica frente ao belicismo imperialista do tempo da sociedade globalizada.