Sexo e terror nas ruas de Tóquio. Colegiais maliciosas lucram com o desejo de velhinhos pervertidos. Adolescentes entediados espancam mendigos. Um palhaço ataca meninas. Um garoto descobre o prazer de machucar. E uma vampira inicia um colegial em novos prazeres. Já se fala de suehirismo para batizar a febre que começou no Japão, tomou a Europa e já chega aos EUA. Uma febre que transborda e avança além do universo dos fãs de quadrinhos. Tanto que Maruo segue sendo comparado a nomes muito diversos, como Lautreamont, Pasolini, Bataille, William Blake e, principalmente, Luis Buñuel. Como se houvesse uma ansiedade da crítica em localizar de onde pode ter surgido um talento tão perturbador e paradoxal. No livro 'O Vampiro que Ri' encontra-se latente o espírito subversivo do surrealismo, mas, ao mesmo tempo, o mangá nos chacoalha também com um cruel realismo da juventude japonesa.