Na história da luta contra o capitalismo e pelo socialismo, alguns combatentes são lembrados por todos, servindo de exemplo para a nova militância, não só pelo seu legado teórico, mas também pela sua postura de militante. Mas, para a maioria dos revolucionários, pelas próprias condições da militância, clandestina e compromissada exclusivamente com a luta, o destino reservou um lugar no anonimato, o que não diminui a importância desses revolucionários. Ninguém luta de verdade com o objetivo de se tornar herói. É bem provável que Zequinha Barreto ficasse no anonimato se não fosse a iniciativa de militantes de movimentos sociais e sindical de Osasco (SP) e região, que construiu o Instituto Zequinha Barreto. Mais, se não fosse a ousadia de Márcio Amêndola em assumir o desafio de contar a história da vida e da luta desse companheiro de Lamarca, que juntos lutaram e juntos, em 1971, foram assassinados pela ditadura instalada no país. Um texto que nos oferece um painel da época dos "anos de chumbo", quando o arbítrio era a lei dos ditadores e seus sequazes, e a oposição e o combate realizado pelos revolucionários que, numa correlação de forças infinitamente inferior, não hesitavam em colocar suas vidas em risco na luta por seu ideal. Um pequeno texto, um grande exemplo.