O nosso mundo é muito desigual. Para muitas pessoas em todo o mundo, sair da sua cidade natal, ou da sua aldeia, poderá ser a melhor - ou, às vezes, a única - opção para melhorar as suas oportunidades de vida. Com efeito, essa mudança poderá melhorar bastante os rendimentos e os níveis de educação e de participação de cada indivíduo, bem como das suas famílias, assim como as perspectivas futuras dos seus filhos. Mas essa alteração geográfica tem um valor para além disso: ter-se a possibilidade de decidir onde viver é um elemento fundamental da liberdade humana.Não é possível traçar o perfil típico dos migrantes de todo o mundo. Apanhadores de fruta, enfermeiras, refugiados políticos, trabalhadores da construção civil, acadêmicos e programadores informáticos - todos se incluem nos quase mil milhões de pessoas que se encontram em migração dentro dos seus próprios países ou para o exterior. Quando as pessoas se deslocam, quer atravessem ou não fronteiras internacionais, embarcam numa viagem de esperança e de incertezas.