Praça Onze, Rio de Janeiro. Em uma região marcada por constantes reformas urbanas entre o final do século XIX e meados da década de 1940, a Paisagem estrangeira constituída por italianos, espanhóis, ex-escravos e judeus da Europa e do Oriente Médio parecia desafiar a frágil República. Em nome da modernidade, o Estado realizou obras que pouco a pouco destruíram uma identidade social peculiar. Agruparam-se ali cortiços, sinagogas, terreiros, clubes e outras instituições, formando um rico mosaico. A essa mistura o imaginário carioca deve parte de sua formação, onde o papel da comunidade judaica se revela tão surpreendente.