Compreender as mudanças no setor sucroenergético no contexto nacional, considerando a conjuntura atual marcada por diversas transformações econômicas, políticas e sociais que impactam a escala regional. Esse é o objetivo dos 18 pesquisadores reunidos neste livro, resultado do seminário "Reestruturação do setor sucroenergético brasileiro: novas e velhas espacialidades", que ocorreu em 2012 na UFRJ.Para analisar as estratégias de produção de etanol nas diversas regiões do país, e as repercussões desse processo na reorganização territorial das atividades econômicas, dos recursos físicos e humanos, as organizadoras convidaram especialistas e professores que discutem três eixos temáticos: "Estado, economia e gestão do território"; "Modernização do processo produtivo e suas espacialidades", e "Trabalho, resistência e impactos da reestruturação produtiva na vida/história dos lugares"."Refletir sobre o etanol, ou mais amplamente sobre o setor sucroenergético, pode, a princípio, parecer uma tarefa destinada a especialistas das ciências duras tais como a biologia, a química e as engenharias, ou limitadas a áreas específicas das ciências sociais como a economia. Porém, no caso brasileiro, pensar o etanol é na verdade pensar um projeto de país.", afirma Lucas Melgaço no prefácio.E, pensando um projeto de país, abordamos aqui a cartografia do etanol; políticas públicas e o papel dos biocombustíveis como vetores de desenvolvimento e de distribuição de renda; os conflitos resultantes das metamorfoses do setor, e a territorialidade para os Guarani-Kaiowá, entre outros temas que levantam novas questões e oxigenam a discussão.