As estruturas cristalinas são, de longe, melhor conhecidas graças ao desenvolvimento dos métodos automatizados de difracção dos Raios X, complementados por estudos espectroscópicos (de infravermelhos, raios X, Mossbauer, etc.) de locais preferenciais, e microscopia electrónica de alta resolução revelando alterações, em escala muito fina, da regularidade da estrutura. As variações químicas nos minerais são melhor detectadas através do desenvolvimento das microanálises por sonda electrónica, técnica que alia a rapidez da análise ao facto de ela se processar sem que seja necessária a separação dos minerais da rocha. As novas técnicas aumentaram substancialmente a gama de valores da pressão e temperatura em que as transformações das fases dos minerais podem ser estudadas no laboratório. A geotermometria tem conhecido um desenvolvimento considerável, tal como o estudo das inclusões fluidas, o que contribuiu para a obtenção de informações sobre as temperaturas de cristalização e das sequências genéticas. Muito embora não estejamos tão dependentes das propriedades ópticas para a determinação da composição química, a microscopia óptica continua a ser um instrumento básico de suporte a todos os outros métodos, e o estudo de características submicroscópicas (por exemplo, hábitos e intercrescimentos) é apoiado pela utilização da microscopia electrónica de transmissão ou de varrimento. Estudantes e investigadores reconhecem a importância cada vez maior dos minerais opacos, pelo que se fornecem os dados relativos às propriedades em luz reflectida. Na nova edição incluem-se algumas estampas mostrando uma selecção de aspectos microscópicos interessantes, mas recomenda-se a consulta do Atlas dos Minerais Constituintes das Rochas (W. S. MacKenzie & C. Guildford, Longman) que, devido ao seu vasto conjunto de microfotografias, se toma um livro complementar muito útil. Nas secções desta nova edição onde tratamos das paragéneses, relacionamos as ocorrências de alguns minerais com os seus ambientes em termos dos novos conceitos.