Devido à predominância de uma economia dependente, desde a colonização portuguesa, o Brasil exporta matéria-prima e importa produtos estrangeiros, sejam bens materiais ou idéias e valores. A partir de 1930, e de maneira intensificada desde 1950 e durante o período da ditadura militar, o capitalismo industrial se desenvolveu sob a tutela do capitalismo internacional, sobretudo norte-americano. Dessa maneira, prevaleceram as formas de dependência que sempre extravasam do campo econômico em direção à tutela cultural. Neste livro, o cotidiano é analisado para denunciar como a identidade brasileira tem sofrido o impacto avassalador do estilo de vida ianque. Para tanto, a autora desvenda os aspectos ideológicos decorrentes dessa invasão nos mais diversos setores, como a língua portuguesa, as músicas, os brinquedos, a educação escolar, o lazer, a política, bem como a cultura enlatada veiculada pelo rádio, tevê, cinema e publicidade