1926 - A grande marcha dá continuidade ao Ciclo de Vargas, conjunto de livros que marcou época dentre historiadores e público em geral ao propor uma leitura dos acontecimentos da história moderna brasileira. Mesmo assim, 1926 - A grande marcha pode ser lido independentemente dos outros volumes que compõem O Ciclo. Este tomo abrange o período de 29 de outubro de 1924 a 2 de janeiro de 1930. Começa com os revolucionários de do Segundo 5 de julho abandonando São Paulo para que a cidade não seja destruída, pois a rebelião ficara circunscrita, sem propagação nacional. Isidoro Dias Lopes, Miguel Costa e seus companheiros de Coluna, de São Paulo sobem o Rio Paraná e na foz do Iguaçu fazem junção com Luís Carlos Prestes, João Alberto e os gaúchos da Coluna do Sul. Aí nasce a Coluna Prestes, que percorre mais de 33 mil quilômetros em dois anos e três meses, semeando a revolução, despertando o sertão e alertando as cidades. Prestes transforma-se em mito: já é O Cavalheiro da Esperança que termina por se internar na Bolívia com seus homens famintos, maltrapilhos, as armas descalibradas, sem dinheiro, mas invictos e arautos do inconformismo.