O Carme Secular foi composto por Horácio, a pedido de Augusto, para ser cantado especialmente nas comemorações dos Jogos Seculares em Roma no ano 17 a. C. Estes Jogos eram realizados cada cem anos por ordem dos oráculos sibilinos para proteção e salvação do Império Romano. Antes de Augusto eram eles realizados em honra a Plutão e a Prosérpina, deuses das profundezas ou dos infernos. Contudo, Augusto modificou as cerimônias, inovando-as. Tornou, portanto, os Jogos mais alegres, dedicados aos deuses da luz, i. e., a Apolo e a Diana, sendo Apolo representado no Carme como o Sol e Diana como a Lua. Assim, as festividades foram modificadas para alegria e luz A inovação constava de uma oposição noite/dia, trevas/luz; deuses inferiores, das trevas/deuses da claridade, da alegria e da prosperidade. O Carme Secular enquadra-se perfeitamente no contexto das comemorações. Tem uma conotação político-religiosa e obedece aos oráculos sibilinos, contendo dentro dele o número místico 3 e seus múltiplos. Contém 18 estrofes e uma como epílogo. Cantado por 27 rapazes jovens e 27 meninas jovens.