A maior preocupação está dirigida para uma correta e equilibrada compreensão das análises de Bloch a respeito da prática religiosa-reformista do 'teólogo da revolução', Thomas Müntzer (1490-1525), acontecidas durante as Guerras Camponesas do século XVI, na Alemanha. A autora procura definir sua posição baseada na 'ontologia do ainda-não-ser' de Bloch, abrindo a possibilidade de uma fundamentação para a ética da não-violência. Percebe-se que o livro dedicou seu principal esforço para o esclarecimento de uma eticidade propriamente contemporânea, e essa, talvez, como sendo a da não-violência. Dizemos talvez, pois a autora em grande medida deixa a questão em aberto. O utópico acontece no lusco-fusco dos entardeceres e das auroras - algo morre para algo renascer diferenciadamente. A questão toda então é - esse processo se determina pela violência ou pela não-violência