Existem evidências de fraturas ósseas há milhões de anos, quando o planeta e a atmosfera ainda eram primitivos. Atualmente sabe-se que uma das causas mais importantes das fraturas é a osteoporose, um distúrbio esquelético associado à diminuição da força de resistência óssea, o que predispõe ao aumento do risco. Trata-se da enfermidade óssea de maior incidência mundial e a segunda causa de morbidade musculoesquelética nos idosos, por isso é considerada um importante problema de saúde pública, ocasionando grandes impactos econômicos e sociais. No Brasil, apesar de serem poucos os estudos epidemiológicos consistentes, estima-se que 5,5 milhões de brasileiros tenham osteoporose e que ocorra 1,6 milhões de fraturas secundárias à osteoporose por ano: 200 mil do quadril, 600 mil vertebrais e 1 milhão do punho. Como doença multifatorial, a osteoporose depende do patrimônio genético individual em cerca de 65% a 70%; as outras condições de risco são ambientais. Esses fatores são constituídos por diferenças genéticas, raciais e antropométricas, composição corporal, densidade óssea, dieta e atividade física, que justificam as diferentes incidências encontradas. A osteoporose é tão prevalente como a hipertensão arterial (HA), o diabetes mellitus (DM) e a dislipidemia. Cerca de 40% das mulheres e 25% dos homens com mais de 80 anos de idade terão fratura de fêmur. Considerando esta alta prevalência da doença na população mundial e as consequências que a osteoporose implica para a saúde pública, Dr. João Francisco Marques Neto, Professor titular de Reumatologia da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas (FCM/Unicamp), e responsável pelo Ambulatório de Osteoporose e Osteopatias Metabólicas do Hospital das Clínicas da FCM/Unicamp, escreveu Osteoporose atual - problemas e soluções possíveis. O livro traz cinco capítulos que abordam epidemiologia, impacto socioeconômico, mecanismos de instalação da doença, diagnóstico, tratamento, e também um diferencial, que são casos ilustrativos.