'A amante de Brecht' leva o leitor para a Berlim de 1948, quando o dramaturgo retorna à Alemanha destroçada pela Segunda Guerra Mundial. Em meio a tanques soviéticos e a miséria do povo alemão, Brecht passeia pelas ruas da infância e recorda o exílio de quinze anos, muitos dos quais passados no ensolarado meio oeste americano. Recebido com pompa pelas autoridades encarregadas de guiar a Alemanha rumo às concepções grandiosas da fraternidade artística, Brecht é observado de perto pelos espiões do regime. Antes do período hitlerista, já havia demonstrado tendências anarquistas e um confuso marxismo primitivo. Para testar a fidelidade de Brecht aos ideais do socialismo, Hans Trow, chefe da segurança da RDA, consciente da queda do dramaturgo por belas mulheres, arma o bote na forma da atriz Maria Eich. A delicada vienense tem muito a perder, a família para proteger e um passado colaboracionista a apagar.