Ninguém gosta do Faveco. As pessoas o amam ou o odeiam, e é fácil explicar esse extremismo: o Faveco tem uma honestidade que não cabe em roda social, e uma genialidade que desagrada a quem gosta de receitas testadas e aprovadas. Ele fala do futuro, as pessoas enxergam a ponta do nariz. Ele pensa em pontos A e B, o mortal comum fixa sua estratégia de negócio no aqui e agora, um ponto qualquer anterior ao A de onde se parte e milhas e milhas distante do B aonde se quer chegar, a situação ideal. Sua proposta de comunicação é simples; por isso, ninguém a entende. Seu desagrado com a mediocridade é exagerado, uma guerra santa. Mas quem exercita o livre pensar, minimamente, poderá entender seu mau humor com os imbecis de nossa contemporaneidade. Essencialmente, é um homem de ação, embora seja também um menino de Porto Alegre que sonha construir e empinar a pipa mais alta do mundo. Apresentação feita, fiquem com os artigos do jornalista (é a denominação que prefere), publicitário e empresário. Também é um grande articulador de bastidores, que descobre e coloca talentos no mercado. Quem gosta de vida inteligente, de crítica inspiradora e contundente, vai ter que aguentar o livro, ou melhor, o Faveco, gostando ou não gostando. Aqui temos pura dinamite!