A autocrítica do autor (virtude pouco cultivada pela suposta intelectualidade patrícia) nos aconselha a admitir que os versinhos que aqui se apresentam guardam certa distância dos bons poemas; são mais uma prosa poética do que poesia. A diferença, embora sutil, existe. Aos que se aventurem a ler estes meus escritos, pedindo perdão pelo tempo que lhes tomei, invoco em minha defesa o não poeta talvez por isso mesmo genial Henfil: Se não houver frutos, valeu a beleza das flores; se não houver flores, valeu a sombra das folhas; se nem houver folhas, valeu a intenção da semente.