Esta obra registra o trabalho de doutoramento do autor na cidade de Paris, onde Achutti segue defendendo a possibilidade de um discurso visual, denominado por ele de fotoetnografia. Segundo Jean Arlaud, "este livro é uma contribuição de excepcional importância para a antropologia visual na medida em que nós sabemos do temor de alguns de nossos colegas, sua resistência em dar à imagem um verdadeiro estatuto, outro que ilustrativo. Devido à sua prática como fotógrafo e etnólogo, devido à sua sensibilidade, seu rigor científico, sua emoção sempre atenta, Achutti nos convenceu de que a fotoetnografia é uma linguagem completa que pode se bastar a si mesma, restituir na magia do instante o real escondido atrás das aparências, abrir caminhos narrativos novos fora das fortalezas de um saber curvado sobre si mesmo até a asfixia, esquecendo que nós estamos na margem do século XXI, que a imagem está por todos os lados e que é tempo de refletir sobre isso."