"As crônicas deste livro foram publicadas em diversos jornais entre janeiro de 1950 e dezembro de 1952, época em que Rubem Braga já era considerado um expoente da crônica na imprensa brasileira. Graças ao seu lirismo e ao seu raro dom para captar e transmitir aquilo que parece sem importância, Rubem não se furta a destacar em suas crônicas o que pode haver de misteriosamente belo nas angústias e incertezas que a vida apresenta, como também sinaliza para a fugacidade da plenitude, sentimento desejado por muitos em nosso planeta. Neste jogo em que expectativa e realidade se digladiam, as visões e experiências mais prosaicas são cozidas pelo cronista de maneira a conceber textos os quais apontam que ao fim não deve ser dada tamanha importância, mas sim ao percurso, ao conjunto de experiências vividas. Os leitores têm aqui uma amostra vigorosa da potência narrativa do autor, qualidade que conduziu nosso cronista maior a despejar elementos latentes da alma humana em sua prosa marcada pela minúcia. É exatamente neste livro que Rubem Braga faz uma de suas mais conhecidas e características afirmações sobre a crônica, gênero que o consagrou: Há homens que são escritores e fazem livros que são como verdadeiras casas, e ficam. Mas o cronista de jornal é como o cigano que toda noite arma sua tenda e pela manhã a desmancha, e vai. A crônica que dá título ao livro comprova como Rubem estava sempre pronto a captar a simplicidade das coisas e a ser tocado de forma comovida por todas as manifestações de beleza que o cotidiano lhe reservava. Reparei que nenhum transeunte olhava a borboleta; eles passavam, devagar ou depressa, vendo vagamente outras coisas as casas, os veículos ou se vendo, só eu vira a borboleta, e a seguia, com meu passo fiel."As cronicas deste livro foram publicadas em diversos jornais entre janeiro de 1950 e dezembro de 1952, epoca em que Rubem Braga ja era considerado um expoente da cronica na imprensa brasileira. Gracas ao seu lirismo e ao seu raro dom para captar e transmitir aquilo que parece sem importancia, Rubem nao se furta a destacar em suas cronicas o que pode haver de misteriosamente belo nas angustias e incertezas que a vida apresenta, como tambem sinaliza para a fugacidade da plenitude, sentimento desejado por muitos em nosso planeta. Neste jogo em que expectativa e realidade se digladiam, as visoes e experiencias mais prosaicas sao cozidas pelo cronista de maneira a conceber textos os quais apontam que ao fim nao deve ser dada tamanha importancia, mas sim ao percurso, ao conjunto de experiencias vividas. Os leitores tem aqui uma amostra vigorosa da potencia narrativa do autor, qualidade que conduziu nosso cronista maior a despejar elementos latentes da alma humana em sua prosa marcada pela minucia. E exatamente neste livro que Rubem Braga faz uma de suas mais conhecidas e caracteristicas afirmacoes sobre a cronica, genero que o consagrou: Ha homens que sao escritores e fazem livros que sao como verdadeiras casas, e ficam. Mas o cronista de jornal e como o cigano que toda noite arma sua tenda e pela manha a desmancha, e vai. A cronica que da titulo ao livro comprova como Rubem estava sempre pronto a captar a simplicidade das coisas e a ser tocado de forma comovida por todas as manifestacoes de beleza que o cotidiano lhe reservava. Reparei que nenhum transeunte olhava a borboleta; eles passavam, devagar ou depressa, vendo vagamente outras coisas as casas, os veiculos ou se vendo , so eu vira a borboleta, e a seguia, com meu passo fiel.As crônicas deste livro foram publicadas em diversos jornais entre janeiro de 1950 e dezembro de 1952, época em que Rubem Braga já era considerado um expoente da crônica na imprensa brasileira. Graças ao seu lirismo e ao seu raro dom para captar e transmitir aquilo que parece sem importância, Rubem não se furta a destacar em suas crônicas o que pode haver de misteriosamente belo nas angústias e incertezas que a vida apresenta, como também sinaliza para a fugacidade da plenitude, sentimento desejado por muitos em nosso planeta. Neste jogo em que expectativa e realidade se digladiam, as visões e experiências mais prosaicas são cozidas pelo cronista de maneira a conceber textos os quais apontam que ao fim não deve ser dada tamanha importância, mas sim ao percurso, ao conjunto de experiências vividas. Os leitores têm aqui uma amostra vigorosa da potência narrativa do autor, qualidade que conduziu nosso cronista maior a despejar elementos latentes da alma humana em sua prosa marcada pela minúcia. É exatamente neste livro que Rubem Braga faz uma de suas mais conhecidas e características afirmações sobre a crônica, gênero que o consagrou: Há homens que são escritores e fazem livros que são como verdadeiras casas, e ficam. Mas o cronista de jornal é como o cigano que toda noite arma sua tenda e pela manhã a desmancha, e vai.A crônica que dá título ao livro comprova como Rubem estava sempre pronto a captar a simplicidade das coisas e a ser tocado de forma comovida por todas as manifestações de beleza que o cotidiano lhe reservava. Reparei que nenhum transeunte olhava a borboleta; eles passavam, devagar ou depressa, vendo vagamente outras coisas – as casas, os veículos ou se vendo –, só eu vira a borboleta, e a seguia, com meu passo fiel.