Escrito entre 1864 e 1865, constitui a descrição mais rica dos costumes políticos regionais da época, sobretudo das eleições, dos partidos e da imprensa, estabelecendo uma crítica devastadora do funcionamento dessas instâncias de poder locais.O autor foi buscar o pseudônimo (Timon) no filósofo grego conhecido pela misantropia, pelo ódio à humanidade. Ao mesmo tempo lúcido e mal-humorado, João Francisco Lisboa evitou, assim, ter uma visão complacente de seus conterrâneos e contemporâneos. A parte do Jornal aqui publicada (segundo e terceiro folhetins) constitui a mais rica descrição e a mais devastadora crítica dos costumes políticos da época, sobretudo das eleições, dos partidos e da imprensa. Fraude, violência, traição, corrupção, subserviência, arrogância, mediocridade - nisso se resumia o comportamento dos políticos do Maranhão. Segundo Timon, embora o Maranhão fosse o pior que havia, as críticas valiam também, em boa parte, para o resto do Brasil.