O tempo, no âmbito da convivência médica, tende a simplificar as palavras. Isto ocorre como consequência, principalmente, do uso rotineiro e repetitivo delas. Os primeiros casos de AIDS que chegavam ao nosso Serviço de Pneumologia, lá pela metade da década de 1980, eram encaminhados ao Ambulatório de Doenças Pulmonares Associadas à AIDS. Com a epidemia da doença e, sobretudo, com o seu crescimento desenfreado, criou-se, então, o neologismo entre nós: os doentes, na maioria das vezes graves e complicados, eram simplesmente encaminhados ao Ambulatório de Pneumo-Aids. Daí o termo Pneumo-Aids, utilizado como título desta obra.