É importante ter ciência de que a escrita é histórica e socialmente situada, ou seja, não há a ou uma escrita. Ela é viva e depende de muitas condições, inclusive e principalmente das tecnológicas. O hoje do título deste livro é expressão clara de que trato a escrita como um processo, algo que tem uma história que respeito muito, conheço e quero conhecer cada vez mais. Além disso: uma história de que faço parte, pois manejo linguagens no trabalho de produção de sentidos. Não estamos alheios à história da escrita, como se ela fosse um modo de fazer que corresse ao largo dos cidadãos. A adesão a novas máquinas, novos modos de produzir texto, novos gêneros textuais são criações sociais, menos ou mais inusitadas, inovadoras, que nos acompanham na história da leitura e dos modos de escrever. [...]