Embora estejam sendo utilizados no Brasil, ainda que de uma forma insuficiente, ações integradas que visam coibir o trabalho análogo ao de escravo, a cada dia fica mais evidente que o método eficaz é a institucionalização de política pública que combata de uma forma globalizadaa precarização do trabalho ou, de forma positiva, a conquista do chamado trabalho decente. Isso porque, a busca pela redução de custos na produção, as oportunidades mercadológicas para os produtos originários dessas práticas nocivas aos Direitos Humanos é que efetivamente tem alimentado o mercado escravo de trabalho no mundo contemporâneo. Percebe-se assim que não se trata de um problema regionalizado que pode ser combatido com o poder de fiscalização somente. A questão deve fazer parte de uma política pública internacional onde o ponto central é reduzir a vulnerabilidade daqueles que sobrevivem unicamente e exclusivamente da venda da sua força de trabalho. Portanto, conclui-se que a forma como se produz o desenvolvimento econômico irá contribuir indefinidamente para o incentivo dessa forma reducionista do ser humano, significando que a forma como se comporta a ordem econômica é um fator decisivo para promover ou não o trabalho digno.