Maria Alice Samara e Rui Tavares registam os factos da efeméride e interpretam as suas circunstâncias e consequências. No primeiro ensaio, 'Memória do Atentado', de Maria Alice Samara, constrói-se o roteiro do evento que viria a alterar a história de Portugal, descrevendo-se o palco, as personagens e os acontecimentos, recorrendo ao testemunho dos principais escritores, políticos e jornais da época. Em 'O Atentado Iconográfico', Rui Tavares seleccionou uma vasta colecção de imagens - fotografias e gravuras - publicadas na 'Ilustração Portuguesa', usando-as como mote para um texto que explora o modo como o regicídio português foi recebido e tratado nesta revista, até à deflagração da Primeira Guerra Mundial, em 1914. Trata-se de um guia das representações iconográficas do atentado que revela a forma como os acontecimentos foram recebidos e comunicados em Portugal e por todo o resto do mundo.