Todo debate sobre a modernidade na America Latina que nao inclua o barroco e parcial e incompleto, sustenta Irlemar Chiampi. Ensaista e professora de letras que, desde O Realismo Maravilhoso, vem se notabilizando pela qualidade e pela pertinencia de suasTodo debate sobre a modernidade na América Latina que não inclua o barroco é parcial e incompleto, sustenta Irlemar Chiampi. Ensaísta e professora de letras que, desde O Realismo Maravilhoso, vem se notabilizando pela qualidade e pela pertinência de suas intervenções críticas sobre a individualidade estética da criação literária latino-americana, reuniu ela, nesse seu livro da Editora Perspectiva (coleção Estudos), dez trabalhos nos quais procura articular a noção de barroco como carrefour estético e cultural que originou o moderno e o que dali em diante começamos a chamar de “literatura”. Encruzilhada de culturas, mitos, línguas, tradições e estéticas, a América mostrou ser não só um espaço privilegiado para a apropriação colonial do barroco, como para as reciclagens pós-modernas daquela “arte da contra-conquista”, na qual Lezama Lima tão bem situou a fundação do autêntico devir americano.