Entender as particularidades de sua vida financeira é tarefa prática e teórica, e demanda interpretações que extrapolam os parâmetros exclusivamente pecuniários. Filosofia Financeira é um livro original pela amplitude dos dois temas que comporta e por seu alto potencial transformador. Não é autoajuda com receita para ficar rico; tampouco é pura abstração filosófica sobre o vil metal. A Filosofia aqui será o precioso instrumento na compreensão dos fenômenos econômicos, sobretudo para entender a essência do dinheiro e suas influências imediatas no comportamento humano. Dessa forma, as análises aqui presentes são tributárias, por exemplo, de pensadores como Aristóteles, Karl Marx e Serge Latouche. A lógica do consumismo, que engloba as nefastas práticas publicitárias, os veículos de entretenimento, o vazio afetivo, a pressão social de status e o valor imperativo ter pra ser, somada à falta de entendimento do real valor de si, leva o indivíduo a comportamentos terríveis em sua gestão financeira pessoal. O leitor também contará com ferramentas justas, práticas e objetivas para que consiga se orientar melhor financeiramente (mas não só) a partir das reflexões mais profundas sobre si e sobre seu entorno. Trata-se de um livro dialógico, pois convida o leitor a conversar internamente sobre sua relação com o dinheiro. Portanto, o objetivo desta obra é abrandar o grau de ansiedade frente a este cenário e ampliar o grau de lucidez do leitor permitindo-lhe, em uma leitura didática e clara, a possibilidade de gerir melhor suas contas, ou se quiser chamar: patrimônio, dim-dim, tutu, prata, verba, grana, capital, haveres, posses, recursos, cabedal, herança, fundos, pecúlio, fortuna, poupança, ou o tão recorrentemente exortado: dinheiro mesmo. Aclamado como salvador de todos os males para alguns e como causador de todos os mesmos males para outros, o dinheiro continuará sendo um enigma a ser interpretado, medido e controlado por aqueles que não se deixarem dominar por ele subjetivamente.