Rodeada de folhas de plátano de todas as cores, Cristina escreveu seus poemas que tudo têm a ver com essa mudança irrefreável da existência: a transição das cores das folhas. O que é natural e sutil para os olhos de muitas pessoas, é poético para ela, pois essa transição se dá na relação das folhas com o tempo. Cristina Macena é poeta há trinta e nove translações da terra ao redor do sol. Seu primeiro choro foi verso sem palavra, pois tem a poesia pra si como parte natural de sua condição humana. Nesse que é o seu trabalho de estreia, Ao tempo poemas, percebemos os indícios de tal concepção.