Obra sobre a escultora brasileira Maria Martins (1894-1973), em volume organizado pelo editor Charles Cosac, que assina também uma cronologia ilustrada sobre a artista. Esta edição reúne seus principais trabalhos, especialmente registrados em ensaio fotográfico de Vicente de Mello, que viajou para diferentes lugares, inclusive no exterior, para fotografar suas obras. O livro também traz textos fundamentais para o entendimento da trajetória da artista. No ensaio de abertura, o historiador Francis M. Naumann percorre a biografia de Maria e revela sua vida dividida entre o trabalho com as esculturas e as recepções sociais na embaixada em Paris. Lá, relacionando-se com artistas do surrealismo e mais intensamente com Marcel Duchamp, produziu algumas das obras mais importantes e monumentais de sua carreira. A crítica britânica Dawn Ades, especialista em arte latinoamericana, compara sua obra com a de outros escultores como Brancusi, André Masson, Giacometti e Henry Moore. Já o artista plástico José Resende utiliza sua visão de escultor para abordar as criações da artista e seus procedimentos escultóricos, além de fazer um paralelo com obras de outros artistas. Ao final, a escritora e crítica de arte Veronica Stigger reflete sobre a obra escrita de Maria Martins, que publicou três livros na fase final de sua vida, versando sobre a Índia, China e filosofia.