Na figura do jovem Claudio, o consagrado escritor uruguaio, autor de A trégua, reinventa muitas passagens marcantes de sua própria vida: as brincadeiras de rua com os amigos, as constantes mudanças de bairro com a família, a trágica morte da mãe e a descoberta do amor e do sexo. Em A borra do café, Mario Benedetti mescla memória e invenção e resgata as lembranças de sua infância em Montevidéu para construir uma narrativa lírica, profunda, sobre as surpresas e as dificuldades do amadurecimento. Com seu peculiar lirismo e habilidade narrativa, o autor relata pequenos acontecimentos de uma vida distante, fazendo com que o leitor reconheça a si mesmo.