Há n' A Flauta Mágica detalhes realmente interessantes, que merecem aqui serem citados: ela é a ópera mais encenada em toda a Europa. Entretanto, é sob a ótica dos simbolismos que surgem aos estudiosos detalhes realmente impressionantes. Por exemplo, o número das notas musicais, na partitura original, bem como a quantidade de letras no libreto em alemão, têm um significado oculto impressionante. A quantidade de pessoas no cenário, o próprio cenário, o número de vezes que os atores surgem no palco, o simbolismo das palavras, entre tantos, fazem desta ópera um divisor de águas entre a realidade e a magia. Imagina-se que Krishna (aproximadamente. 3.200 anos A.C.) já tocava numa flauta mágica. No conteúdo d'A Flauta Mágica podemos, facilmente, encontrar fragmentos de ensinamentos da Maçonaria, dos Rosacruzes, da Índia, do Egito, e assim por diante. Por exemplo, ainda, no que se refere à Numerologia, o Prof. Dr. Hans-Josef Irmen, numa obra fantástica em alemão, revela a extraordinária potencialidade do talento de Mozart ao inserir, no todo, aspectos numerológicos fascinantes. Por exemplo, o número de notas na partitura condutora, bem como o resultado da soma das mesmas, revelará realidades "ocultas". Os acordes, se codificados, também trarão surpreendentes revelações. No texto de Schikaneder, também, observa-se uma fantástica numerologia: as palavras (diálogos), as árias e o número de artistas no palco, fazem-se presentes de uma forma velada. Esta característica d' A Flauta Mágica deve-se, principalmente, a um único aspecto, ou seja, que por serem maçons, tanto Mozart quanto Schikaneder decidiram deixar marcadas desta forma a filosofia e o simbolismo arcanos.