Atingir o leitor 'na sua carne, no seu cerne', é o que Campos de Carvalho faz ao escrever suas histórias irreverentes, de ironia refinada - ou muitas vezes até delirante. O autor chama a atenção da crítica e do público, com a singularidade de sua expressão. A leitura desta obra é um passeio pelo imaginário de um homem que não se conforma com a passividade diante das regras preestabelecidas de um jogo que ele renega. A liberdade é o 'leitmotif' para a transcendência dessa 'vidinha' que o autor satiriza requintada e, ao mesmo tempo, despuradamente. A liberdade de assassinar o professor de lógica, de romper com tudo o que nos aprisiona e nos rouba a possibilidade de experimentar o sentido maior da existência.