prólogo. a história de belle é, na verdade, minha autobiografia de um tempo deveras conturbado e encantado que vivi na cidade do cabo (cape town em inglês e kaapstad em afrikaans). é como se fosse meu retrato íntimo. um retrato que me pega no auge de minha vida adulta. um retrato que faz parte de uma história em pinceladas de tons vivos, ora alegres, ora tristes, sobre os sonhos, aspirações e, principalmente o grande amor de uma jovem que se aventura em sair de seu país de origem (brasil) para o continente africano (áfrica do sul). os tons vivos das pinceladas se reportam aos sonhos românticos da jovem belle ao encontrar adam. sonhos comuns a mulheres jovens que se extasiam ao encontrar o amor infinitamente buscado e que representa a felicidade. à medida que a história se desenrola, belle engravidando, cuidando de baby jan e viajando sozinha para um novo continente, mostra o prolongamento desse sonho. os relatos da vida quotidiana e das aventuras estressantes nas quais se meteu constituem – se no traço de tons cinzentos. os acontecimentos mais alegres e as conquistas acadêmicas são o traço ou pinceladas de tons avermelhados neste retrato de uma jovem sonhadora. a perda gradual do bom relacionamento que tivera com seu esposo adam é contada em tom melancólico. os sonhos da juventude, o carinho, o eterno sonho de amor nunca se apagou em belle. sob a emoção de um sol novo, eterno e primaveril redigi esse romance desnudando todos os sentimentos que tive e narrando os acontecimentos vividos em um tempo tão conturbado como foi o do regime apartheid da década de setenta do século xx na linda cidade do cabo, áfrica do sul. bernardete cavalcanti.