Cinquenta anos nos separam do Concílio Vaticano II. Nesta caminhada histórica, o autor pergunta: Em que o Vaticano II mudou a Igreja? Com a competência que lhe é peculiar, ele responde a esta pergunta. Para o autor, a renovação conciliar é "continuidade", pois o Concílio, por mais inovador que seja, não rompeu com a Tradição da Igreja e, consequentemente, é "continuidade" de muito do que foi sendo recebido, de geração em geração, através dos séculos. A reforma do Vaticano II é também "descontinuidade", pois se tudo é continuidade, então, não haveria novidade ou mudança, quando, na realidade, o Vaticano II fez uma profunda reforma da Igreja, em todos os campos, ad intra e ad extra, seja na teologia, no âmbito das práticas pastorais, assim como das estruturas eclesiais. É nesta perspectiva que o autor, com este ensaio, apresenta algumas "descontinuidades" do Vaticano II, que mudaram profundamente a Igreja. Dentre outras, são selecionadas quinze grandes mudanças, que fazem a passagem da Cristandade à modernidade, de posturas ultrapassadas para modos novos de ser Igreja, mais compatíveis com as "fontes" cristãs, ressituadas no contexto atual.